.2 [color bar]

Não se importava nunca com os roteiros nem se interessava muito por histórias.

O seu ponto fraco eram as cores.

Emocionava-se com o amarelo. Enrubescia-se ao ver o verde. E muitos pares de emoções cromáticas tinha ao ver aquilo tudo "em cores". Viveu a época em que imagem não tinha cor, e por isso só já era imagem tal e qual o nome indica, e não imaginava que cores fizessem toda a diferença. Surpreendera-se de tal forma que passou a descreditar as cores que lhe vinham do mundo, achando-as insípidas e sem cor. E daí em diante o que mais gostava era da color bar, e seu zunido estridente, que precedia as exibições.

Comprou tintas e pintou, comprou lápis, caneta, canetinha. Comprou máquinas fotográficas e se encantou, foi breve.

O seu ponto fraco era o movimento.

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Já que pra tudo se deseja um fim
já que pra tudo se imagina um início
o meu início será meu fim.

Nada mais será escrito aqui,
que não sejam falsas impressões.